segunda-feira, 15 de julho de 2013

BC Turquezza Variedade Países - Volta ao Mundo



Bandeira Finlandesa imagem daqui

Como trabalho na área da educação, o país que quero conhecer um dia não poderia ser outro senão a Finlândia.
Entrei nessa profissão por um acaso do destino segundo alguns e na minha opinião pela providência divina, pois desde criança ajudando minha mãe na roça, quando ela me levava, ou mesmo trabalhando de doméstica ouvia frases como esta por exemplo: "que sonhos loucos tem essa menina!"

Ao me tornar pedagoga, é que pude entender e admirar ainda mais o trabalho das professoras que tive. E junto com a admiração veio junto a indignação sobre a desvalorização do professor em nosso país. Pensei que em algum lugar do mundo deveria ter professores valorizados por deixar um pouco de si em cada aluno, em cada comunidade onde ele atua como cidadão e pude ler sobre vários exemplos. O que mais me chamou a atenção foi a Finlândia. Pouco ou nada sei sobre essa nação, mas o pouco que li despertou em mim a vontade de aprender um dia o idioma e visitá-lo. Antes quero conhecer melhor o nosso país, pois até hoje só estive em quatro estados se incluir o que moro.

A felicidade de um povo não se mede apenas pelos índices de desenvolvimento humano, mas também pela forma em que seus habitantes são tratados desde que chegam ao mundo. Recentemente li um artigo em que descrevia um kit maternidade finlandês distribuído às gestantes que realizam pré-natal. Segue o link: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/06/130604_bebes_caixa_finlandia_an.shtml

Voltando ao assunto que iniciei há outros artigos que demonstram o cuidado dos governantes com o seu povo, não só os professores são valorizados, isso gera uma reação em cadeia, são alunos bem formados, profissionais especializados e com chances de serem bem sucedidos seja quais forem os objetivos de vida.
As imagens estão por enquanto armazenadas na minha imaginação, espero capturá-las num futuro não muito distante quando eu lá estiver.

Bjs
Sandra Mara

sábado, 13 de julho de 2013

O Tecelão e eu

Olá amores antigos e novos. Quero agradecer primeiro a cada novo leitor,que ao chegar aqui tornou-se um seguidor. Fiquei tão emocionada ao ler os comentários que emudeci, deu branco nos pensamentos, ou melhor, só pensava em como Deus coloca pessoas maravilhosas em meu caminho.
E isso me remete ao texto que coloquei no caderno que foi lembrança nos cadernos que levei para Santos.

Descrição da imagem: Tear primitivo utilizado por nômades. Créditos na própria imagem.

Para quem não conhece segue o texto abaixo:

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"Minha vida é apenas uma tela entre mim e meu Deus.
Eu não escolho as cores, Ele trabalha sem cessar.

Muitas vezes Ele tece tristeza e eu, em tolo orgulho
esqueço que Ele vê o direito e eu, o avesso.

Só quando estiver silencioso o tear e as lançadeiras pararem de tecer,
Deus abrirá o tecido e explicará as razões.
Os fios escuros são tão necessários na habilidosa mão do Tecelão,
como os fios de ouro e prata no desenho que Ele planejou...

Corrie Tem Boon"

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Houve uma época na minha vida que a depressão tomou conta. Em 2009 estava com uma gravidez de risco e trabalhando dois períodos na rede pública, com uma turma de quarto ano pela manhã e outra de terceiro ano à tarde. Tomava os meus remédios para controlar a hipertensão e tudo ia bem, até que na semana da páscoa tudo começou a mudar. Por motivos que até hoje não consigo entender, mas que aprendi a aceitar perdi o sonho de uma nova vida, de uma casa perfumada e alegre com a presença de um bebê.

Me foquei no trabalho, mas sempre ao final de cada dia quando era hora de voltar para casa cometia as piores atrocidades no trânsito. Nunca coloquei a vida de terceiros em risco, mas a minha várias vezes esteve por um fio. Precisei de apoio psicológico, justo eu que nunca acreditara na psicologia. Fui a quatro sessões, porém os horários não eram compatíveis com o trabalho e fui buscar apoio na bíblia. me apeguei mais a Deus, mas ainda faltava alguma coisa.
Conforme terminava o meu luto, à medida em que a dor passava a ser saudade eu comecei a ficar apagada social e profissionalmente. Participava dos planejamentos escolares, mas o prazer de trabalhar na educação não era o mesmo de outrora. Sempre falei pouco e muito baixo, quem me conhece sabe que se eu ousar um grito fico afônica e não me importei quando algumas colegas de trabalho passaram a me ignorar. No ano seguinte fiz um propósito de que seria melhor profissional e também não traria trabalho para casa, pois afetava o meu casamento, já que o marido achava que a terapia tinha de continuar (eu via como alguns pais tratavam os filhos e pensava no que perdi).

Início do ano letivo em 2010. Salvei em cd todas as atividades de alfabetização que eu vira na internet e de coleções que comprei. Passei a uma das novas colegas com quem trabalharia naquele ano, crente de que ela repassaria as outras e isso não foi feito. Nos planejamentos fui sendo deixada de lado e tentei fazer o melhor trabalho possível. Nesse período também sofri um AVC causado por enxaqueca, cujo episódio já postei aqui. Apesar do apoio e amor incondicional do meu marido, fiquei abalada quando uma amiga também professora veio me questionar porquê eu fui acusada por alguém de não contribuir com comentários, com atividades, etc...

Apesar da mágoa, disse o que acontecera e comecei a ler de "cabo a rabo" os blogs que seguia. Foi quando notei na lateral do blog da Pepa e Vi o texto acima. Foi emocionante. Eu me identifiquei com os fios do tear e peguei como se fosse uma bússola e aliado com a fé que tenho em Deus passei a traçar novos planos, metas para ser mais ouvida, mesmo que fosse um dos fios escuros e talvez sem brilho. Funcionou? Talvez.
É uma luta diária por um sorriso no rosto e minha voz ser ouvida. Aprendo no dia a dia com meus alunos e colegas de trabalho. Posso dizer que hoje em dia tenho mais amigas no trabalho do que imaginei um dia. Dirijo com prudência.

Nós, marido e eu, ainda sonhamos em ter filhos, se não forem biológicos serão adotados - certa vez vi um depoimento de uma mãe que declarou: "Os filhos do coração podem não ter o seu sangue, mas têm o DNA da sua alma".
E assim vou seguindo a cada dia. Sei que o Tecelão ainda trabalha e por suas lançadeiras sou conduzida.

Bjs

Sandra Mara

P. S.: Preciso aprender a formatar texto no blog. Não gosto da aparência que fica quando clico em publicar.